Morte clínica é o termo usado para definir o estado do indivíduo após os órgãos que o mantém vivo pararem de funcionar.
Todos nós só temos uma certeza na vida. A de que iremos com certeza - algum dia - morrer.
Atualmente, quando requerida, a morte é definida como morte cerebral ou biológica. A pessoa só é dada efetivamente como morta quando o cérebro para de funcionar. Assim permite-se a doação de órgãos.
Creio que se na vida preza-se tanto a dignidade, na hora de morrer também creio que se deve ter no mínimo um pouco de dignidade. A cidade de Ponta Grossa conta hoje, com mais de dez cemitérios. O Cemitério Municipal São José é o mais famoso da cidade, por ser central e por ter pessoas ilustres enterradas lá. Porém, há um agravante. Como todo lugar central, não há mais para onde crescer, e a falta de espaço para os mortos em breve tornar-se-á um problema.
O que ninguém pensa é que também para morrer, existem gastos. Muitas famílias não tem condições mínimas de sobreviver, imagine só condições para morrer descentemente?!
Sou a favor da idéia de que o estado deve arcar com todos os gastos de um funeral para pessoas que, principalmente, não tem condições de se bancar. Aqui em Ponta Grossa o município fornece um caixão e a capela mortuária para que o corpo possa ser velado. Oferece também um enterro simples em algum cemitério.
Na hora que algum ente querido morre, é muito doloroso pensar nos outros. Mas eu peço encarecidamente que a família opte pela doação de órgãos. Uma pessoa é capaz de salvar a vida de pelo menos outras sete, pois hoje em dia tudo pode ser doado, até mesmo a pele.
Para doar órgãos são necessários tais pré-requisitos:
· Ter identificação e registro hospitalar; * Ter a causa do coma estabelecida e conhecida; * Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central; * Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante; * Submeter-se a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sangüíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral; * Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas.
Brasil dispõe do maior programa público de transplantes do mundo, tendo realizado mais de 8.500 transplantes em 2003 e tendo uma fila de espera de quase 60 mil pessoas no mesmo ano. Apesar de existirem muitos doadores, o número ainda não é necessário para atender toda a fila de pessoas que esperam por um transplante.
Creio que as pessoas que morreram devam ter condições dignas para serem sepultadas e enterradas, e creio também que todos tema obrigação de pensar no próximo e serem doadores de órgãos.
A doação, acima de tudo, é um gesto de amor ao próximo. Cristo, há dois mil anos atrás, disse, esperando ser ouvido por todos “Amai uns aos outros, assim como eu os amei.”
Como vc diz dignidade igual para todos e quanto a DOAÇÃO DE ORGÃOS acho que falta e muita ainda é divulgaçao, tem mjitos que dizem que não são doadores por medo, medo este que o ente querido ainda esteja vivo e venham a sub-trair seus orgãos.
ResponderExcluirMateria de bom gosto
Aldir